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Governança Corporativa e Conselho de Administração de empresa que criam valor são agora faces de uma mesma moeda. É muito difícil ter uma sem ter o outro.

O atual ambiente de negócios, volátil, incerto, complexo e ambíguo, exige o relacionamento da organização com partes interessadas diferentes daquelas tradicionais e pode incluir, por exemplo, agências regulatórias, associações representativas, organizações do terceiro setor, e ainda outras.

Dessa forma, a Direção da organização está hoje como aquele equilibrista de pratos: com “todas” as mãos ocupadas. Neste cenário, a ajuda que Conselho de Administração de empresa atuantes podem proporcionar é muito bem-vinda, senão essencial para a criação de valor e alcance de bons resultados.

Exec equilibra pratosOs desafios de um Conselho de Administração de empresa

Vamos aqui tratar desse desafio abrangente da Governança que é tão particular dos Conselho de Administração de empresa: Como não se omitir e apoiar a Direção para alcançar os resultados desejados pelos acionistas sem, contudo, atrapalhar ou micro gerenciar a Direção?

Continue lendo para compreender esse esforço admirável!

A Evolução dos Conselhos

Em seu excelente livro Boards That Deliver, Ram Charan, consultor de negócios de renome mundial, autor e palestrante que passou os últimos 35 anos trabalhando com inúmeras empresas de destaque, avalia que os Conselhos de Administração de empresa vêm evoluindo nos últimos anos, e para melhor.

Segundo ele, os um Conselho de Administrativo de empresa tendem a passar por diferentes estágios de maturidade à medida que evoluem da antiga governança orientada pelo CEO para a supervisão ativa contemporânea:

 

  • Conselho Cerimonial – Conselho, de estilo antigo, carimba a agenda do CEO.
  • Conselho Libertado – Conselheiros mais engajados e envolvidos, entretanto manipulam demais o negócio no dia-a-dia.
  • Conselho Ativo – Conselhos do tipo “Nose in, Fingers out! ”. Consideram o sucesso a longo prazo da empresa, avaliam a estratégia e a gestão.

Entretanto, a maioria dos Conselho de Administração de empresa ainda está em desenvolvimento e não está à altura do seu potencial de fornecer uma governança que não apenas impeça más condutas, mas que também melhore a organização.

A boa notícia é que os Conselhos estão hoje menos sujeitos a cometer os pecados de omissão do passado.

As 3 características de um Conselho Administrativo de empresa Ativo

Segundo Charan, um Conselho Ativo deve desenvolver as seguintes características:

  1. Dinâmica de grupo – O Conselho coopera com a Direção. Os membros compartilham um alto nível de respeito mútuo e conseguem resultados positivos e construtivos.
  2. Arquitetura da informação – O Conselho tem acesso aos dados de que precisa, atualizados e confiáveis.
  3. Foco em questões substantivas – Em vez de ser consumido por minúcias e detalhes processuais, o Conselho atua na gestão da empresa em parceria com a Direção, sem, contudo, micro gerenciar.

Desafio nada fácil, não é mesmo? Vamos examinar o que significa cada uma dessas características.

1. Dinâmica de Grupo

A eficácia do Conselho de Administração de empresa se correlaciona fortemente com os talentos individuais de seus membros e do trabalho em equipe. Todos se sentem livres para contribuir e todas as vozes são ouvidas.

Cada membro do Conselho entende as regras de engajamento e as normas esperadas para seu comportamento e contribuições produtivas.

À medida que os membros se conhecem e compreendem como suas habilidades estão distribuídas, os papéis de liderança formais e informais são naturalmente atribuídos.

Os Conselhos avaliam sua própria eficácia e agem em relação às lacunas identificadas. Quando um membro é problema para o próprio Conselho Administrativo ou para a empresa, um processo de coaching é indicado para tratamento da questão.

2. Arquitetura da Informação

Há uma máxima que diz que as decisões do Conselho são tão boas quanto as informações que ele recebe. Mesmo que colaborem bem, os membros do Conselho Administrativo da empresa precisam da informação certa e oportuna para alimentar as discussões e apoiar as decisões.

As informações para o Conselho equilibram aquilo que descreve o passado, como relatórios financeiros, com o que olha para o futuro como orçamentos, previsões e projeções.

Embora muitos relatórios estejam previamente agendados (ver a próxima característica), outros, como levantamentos para fins específicos ou ideias exploradas por comitês do Conselho, são gerados sob demanda. A organização gerencia com cuidado tais relatórios para que seu custo não cresça além do seu valor e para que a informação seja usada enquanto ainda é oportuna.

3. Foco em Questões Substantivas

O Conselho e o CEO criam uma agenda de 12 meses com temas a serem avaliados, e o Conselho se concentra na supervisão desses temas e na criação de valor compartilhada com o CEO.

O Conselho conhece a estratégia, compreende como criará valor e que métricas vão monitorar seu progresso.  E oferece informações relevantes, não só relativas aos fatores internos, mas os conselheiros trazem também sua experiência pessoal para identificar como fatores externos podem apoiar ou prejudicar as iniciativas estratégicas.

O Conselho monitora a saúde financeira, o desempenho e a gestão de riscos da empresa. O adimplemento fiscal de uma empresa depende muito de sua liquidez. O Conselho entende profundamente a situação de caixa e como vários cenários a afetam.

Da mesma forma, considera como a alavancagem financeira pode melhorar o bottom-line nos bons momentos, mas também como pode ampliar problemas em tempos difíceis.

O Conselho examina detalhadamente as demonstrações financeiras e as considera em vários cenários, para compreender como a empesa pode responder a crises, bem como insiste em receber as más notícias cedo, sem qualquer subterfúgio.

A análise cuidadosa ajuda o Conselho quando avalia o desempenho operacional e a participação no mercado.

  • O crescimento da empresa é fruto de vendas sólidas e lucrativas ou é proveniente de descontos?
  • Onde estão as maiores margens de lucros?
  • Provêm de produtos antigos com redução de participação de mercado ou de novos produtos recém lançados?
  • Há produtos disponíveis para os segmentos alvo definidos pela estratégia? Ou estão em desenvolvimento?

A maioria das empresas enfrenta riscos Estratégicos, de Mercado, Compliance, Operacionais e Reputacionais. O Conselho analisa todos os riscos que podem afetar materialmente a empresa, orienta como mitigar e decide quanto risco assumir para obter recompensas de mercado. A maioria dos Conselhos forma um comitê de risco que reporta ao próprio Conselho.

Além da agenda formal estabelecida com o CEO, o Conselho estabelece uma agenda flexível para tratar de outras preocupações tais como estratégia, práticas ambientais e sociais, desenvolvimento da liderança, política de sucessão, remuneração da Direção, riscos corporativos, estratégia e gerenciamento de crises.

Quer saber mais sobre como o Conselho de Administração pode contribuir para a Governança Corporativa eficaz? Confira essa entrevista exclusiva da Setting com o Professor do IBGC e da Fundação Dom Cabral, Thomas Brull. Além de lecionar, Brull atua como membro de vários conselhos administrativos e divididou conosco os principais pontos para o sucesso, assista agora:

E agora, como chegar lá?

Como em todas as situações em que queremos ir de (A) para (B), o primeiro passo é fazer um diagnóstico de onde estamos (A), definir o futuro almejado (B) e então estabelecer o plano para chegar lá.

Criamos um processo na Setting Consultoria, a Avaliação Estruturada do Conselho, para apoiar as organizações visionárias a desenvolverem seu Conselho Ativo e materializarem a Governança. Esse processo permite que se identifiquem as principais oportunidades de melhoria nos três pilares que apoiam a eficácia do Conselho, e planejar sua implementação.

Certamente, sistematizar esse processo trará não só a incorporação de boas práticas à ação do Conselho, mas também um efetivo amadurecimento da Governança. Dentre os principais benefícios da boa governança, segundo o IBGC, podemos listar:

  • Alinhamento de interesses entre as partes interessadas;
  • Preservação e otimização do valor econômico da organização;
  • Acesso facilitado a recursos para investimento;
  • Melhoria da qualidade da gestão; e
  • Contribuição para a longevidade da organização.

E então, ficou clara a contribuição do Conselho de Administração de empresa para a Governança?

exec starting line squareVocê compreendeu que quanto antes implementar um Conselho Ativo, melhor para a Governança e para sua organização?

Vamos dar a largada?

Conte conosco nesta jornada!

Jorge Secaf Neto

Jorge Secaf Neto

Sócio fundador da Setting e Conselheiro Certificado IBGC, atua como Conselheiro e Consultor Sênior em organizações que buscam transformação. Tem seus principais interesses profissionais vinculados à educação executiva de forma continuada, e à busca pela excelência em Governança e Gestão organizacional.

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