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“Independente do porte da empresa, o importante é o equilíbrio entre curto e o longo prazo.”

Apesar de estarmos vivendo em época de grandes e rápidas transformações e em ambiente altamente competitivo, não podemos deixar de lembrar que o principal desafio de nossas empresas é prosperar nos negócios e garantir a permanência no cenário empresarial.

Para tanto, a visão estratégica de uma empresa precisa equilibrar forças de curto e de longo prazo garantindo o equilíbrio entre produtividade e crescimento. Pode parecer óbvio, mas muitas vezes mergulhamos no particular deixando de enxergar o todo.

Gostaria de abordar nesse artigo, dois temas extremamente importantes para as organizações e que recentemente vêm sendo objeto de algumas preocupações. São eles:

  • Os programas de melhoria da qualidade
  • A implantação de sistemas de informações gerenciais, conhecidos como “painéis de bordo” ou “dashboards”.

A importância da visão estratégica de uma empresa

Programas da qualidade são tão importantes que praticamente assumimos que as empresas já os praticam. Mesmo sem possuir certificação ou ter se submetido a prêmios da qualidade, é difícil imaginar que as empresas possam sobreviver sem preocuparem-se com a melhoria da qualidade.

As séries ISO 9000 e 14000, os prêmios da qualidade, sistemas como Seis Sigma e TQM, são, entre outros, alguns exemplos de programas de melhoria da qualidade utilizados por organizações preocupadas em melhor atender seus clientes.

O desenvolvimento da liderança, o foco no cliente, a disciplina sistemática na busca da melhoria contínua são alguns dos muitos benefícios trazidos pelos programas da qualidade. Mas, embora já demonstrem em suas versões mais atuais a preocupação com a gestão, são normalmente voltados para os processos, ou seja, para a área operacional da empresa.

O grande desafio que se coloca em relação aos programas de melhoria da qualidade é o de mensurar o impacto que a certificação agrega aos resultados globais das organizações, para que se mantenha atrelada à visão estratégica da empresa. Ou seja:

  • Até quando devemos aprimorá-lo?
  • Existirá um momento em que devemos passar de uma evolução por melhoria para uma evolução por ruptura?
  • Qual será esse momento?
  • Como alinhar os objetivos da qualidade com os objetivos de longo prazo da organização e a visão estratégica da empresa?

Tecnologia, tomada de decisão e visão estratégica da empresa

Além da qualidade, as tecnologias da informação e as implementações de sistemas integrados tipo ERPs (Enterprise Resource Planning – sistemas de gestão empresarial informatizados), CRMs (Customer Relationship Management – sistemas de gerenciamento do relacionamento com o cliente), e os chamados dashboards ou painéis de bordo, assim como os programas da qualidade, são fundamentais para as organizações e auxiliam a alta direção e a gerência na tomada de decisões.

Mas é importante não transformá-los em mais um instrumento que faz as pessoas se concentrarem apenas no momento, reagindo de forma exagerada diante da
realidade de curto prazo e ignorando a amplitude da produtividade e inovação.

Para não cair nesta armadilha é importante entender a importância da visão estratégica de uma empresa. É ela que nos faz refletir sobre o equilíbrio entre curto e longo prazo, entre qualidade e produtividade, e inovação e crescimento.

Aprimorar determinado processo, sem saber qual é o seu papel estratégico é um risco muito grande. De nada adianta melhorarmos as carroças se hoje elas não são mais utilizadas.

Alinhar as ações de curto prazo à visão de futuro das organizações é fundamental para a sobrevivência e permanência das empresas no mercado. A preocupação com custos, com a melhoria de processos, com a qualidade e produtividade é inerente a qualquer empresa, pois a ausência dessa preocupação com certeza a tornará menos competitiva.

Porém, na busca pelo aperfeiçoamento contínuo e por melhores resultados no curto prazo corremos o risco de deixar de pensar no futuro, ou seja, na inovação, nas competências, no impacto sócio-ambiental e na visão de longo prazo.

Treinamento e infraestrutura

O investimento em competências e infraestrutura só será eficaz, se as necessidades forem identificadas e perfeitamente alinhadas com uma estratégia que levará a organização a alcançar a visão estratégica empresarial. E é por meio da disseminação do pensamento estratégico por toda a empresa que podemos fazer esse alinhamento.

Não importa o tamanho da empresa, se cada colaborador entender qual é o seu papel estratégico na organização, poderá, sem dúvida contribuir muito mais para os resultados globais da empresa, mesmo que agindo somente em sua unidade de negócio, departamento ou área.

Ganha a empresa e ganha também cada indivíduo, que contribuindo para tornar a empresa vencedora, será também um vencedor.

Vera Maria Stuart Secaf

Vera Maria Stuart Secaf

Sócia e Consultora sênior, atua há mais de 20 anos na gestão em organizações de diversos portes e setores. Vera é administradora de empresas com MBA na Fundação Dom Cabral e Kellogg e Master em Governança na Nova Economia pelo GoNew Economy.

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