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Pensar em inovação, muitas vezes, nos remete à inovação especificamente de produtos. Afinal, que empreendedor nunca refletiu como inovar um produto já existente?

Esse tipo de inovação pode vir, por exemplo, do desenvolvimento e lançamento de um novo produto, como aconteceu com o Amazon Kindle. Ou, então, refletir em uma melhoria de desempenho do produto existente, como a melhoria na resolução de uma câmera digital do smartphone.

Existe, ainda, a possibilidade de criar novos recursos para produtos existentes, como acontece frequentemente com os automóveis.

Independentemente de ser um avanço tecnológico, uma mudança a pedido do cliente ou no design de um produto, a grande questão é que saber como inovar um produto já existente pode fazer a diferença para inúmeras empresas.

Você tem um produto, mas acha que pode inová-lo para ganhar mais receita para a empresa? Ou então quer começar um negócio inovando algo que já existe no mercado? Separamos abaixo 5 dicas que podem te ajudar!

Saiba mais: O que é cultura de inovação e 6 dicas precisas para implementá-la em sua empresa

Como inovar um produto já existente: 5 dicas

1- Varie no Brainstorming

O Brainstorming é uma técnica importante para pensar – em grupo ou individualmente – tanto na resolução de problemas específicos, quanto na geração de ideias. Mas existem algumas maneiras diferentes para fazer esse tipo de atividade, como é o caso do Brain-Writing.

Com apenas papel e caneta, você pode reunir até 10 pessoas em uma roda e pedir para que todos escrevam ideias para inovar nos produtos da empresa. Feito isso, cada um pode passar suas anotações ao participante do lado, que lê as ideias e acrescenta comentários. O mesmo processo deve acontecer até que todos tenham feito suas próprias orientações para aquela ideia.

No final, você perceberá que uma ideia inicial estará muito mais enxuta após passar por todos os envolvidos nesse tipo de brainstorming. Ao levantar discussões sobre o assunto, a ideia é conseguir chegar a conclusões sobre inovações de produtos mais rapidamente.

2- Analise desempenho, danos, interface e custos

Inicialmente, como uma etapa importante de análise para pensar em inovações de produto, você deve observar essas quatro questões. Que seriam relacionadas ao desempenho, aos menores danos, melhores interfaces e custos relacionados ao produto que deseja melhorar.

Primeiramente, sobre o desempenho, pense no que pode ser melhor dentro de sua principal função. Uma prancha de surf, por exemplo, precisa ter equilíbrio e atender os surfistas, não é? Se você conseguir melhorar sua função principal de alguma forma, poderá tornar o produto mais competitivo.

Quanto aos danos, pense no que pode ser menos prejudicial ao produto como uma forma de criar valor e reduzir efeitos negativos. Buscar aplicações mais seguras, duráveis, confiáveis ou sem ruídos podem ser possibilidades. No caso da prancha, um exemplo seria trabalhar em cima de uma melhor aderência.

A interface mexeria com as facilidades, em como tornar o produto mais conveniente ao consumidor. Uma prancha mais fácil de prender no carro ou de transportar, mais leve, luminosa, etc. Quanto ao custo, seria aquilo que pode ser mais econômico e ainda gerar valor para o cliente. Considerar esses quatro tópicos é uma forma de iniciar o processo de inovação de um produto.

3- Use o raciocínio de “produto reverso”

A técnica de “produto reverso” consiste em pensar em produtos de sucesso e imaginar funcionalidades opostas ao que oferecem atualmente.

Um exemplo comum de ser mencionado nesses casos é a fita adesiva. Para que ela serviria se fizesse exatamente o oposto do que se propõe, que é colar? Caso soltasse toda hora, mesmo que você pudesse colar depois? Bem, para que serve um post-it mesmo? Quem disse que não poderia ter surgido a partir desse raciocínio?

A ideia dessa logística é pensar em ideias de produtos realmente novos, e em muitos casos funciona para ampliar a imaginação do empreendedor. Um automóvel foi feito para ser dirigido, mas, hoje, muito se fala sobre veículos autônomos ao redor do mundo, não é mesmo? Pense nisso.

4- Explore o método SCAMPER

O método SCAMPER é mais um que pode ajudar no desenvolvimento de ideias mais criativas. A palavra, na realidade, sugere diferentes ações para que você pense na mudança de um produto:

  • Substituir: o que é possível trocar no produto?
  • Combinar: o que posso combinar com ele?
  • Adaptar: quais adaptações são possíveis (ou aparentemente impossíveis)?
  • Minimizar/modificar: o que posso modificar?
  • Pensar em outros usos: para que mais esse produto poderia servir?
  • Eliminar: o que é desnecessário e pode ser descartado?
  • Reverter: como reverter o produto e, afinal, criar uma outra ideia para ele?

Veja também: Inovação na indústria: quais são as tendências para 2019?

5- Saiba se posicionar de forma diferente

Em alguns momentos, tudo o que uma empresa precisa para chamar a atenção de seus clientes é posicionar-se de uma maneira totalmente diferente no mercado. Não tem como inovar um produto existente sem essa diretriz em mente.

Conforme exemplificou em vídeo o executivo Marcelo Salim, da Endeavor Brasil, é comum que as pessoas lembrem que o primeiro homem no espaço foi Yuri Gagarin.

Porém, se perguntar a elas qual foi o vigésimo sexto (ou mesmo o segundo) homem no espaço, dificilmente saberiam dizer. Por sua vez, se questionadas sobre o primeiro homem na lua, facilmente viria à mente o nome Neil Alden Armstrong. Ele foi o 26º no espaço, mas essa informação não é aquela que ficará marcada.

Confira o vídeo:

Isso significa que, para que o consumidor enxergue uma inovação em um mercado já existente e memorize essa mudança, a chave é o posicionamento da marca, como ela apresenta sua solução. Não tentar ser igual, tentar vender seu produto e posicionamento sempre de alguma forma única.

E então, tem mais alguma ideia sobre como inovar um produto já existente? Compartilhe com a gente nos comentários!

Leia também: O que é inovação disruptiva e como ela é capaz de transformar pequenas e grandes empresas

A Setting é uma consultoria de gestão empresarial com foco em geração de valor e resultados. Para isso, usa uma visão holística e toma decisões baseadas em fatos para achar a melhores oportunidades de melhoria em seu negócio.

Vera Maria Stuart Secaf

Vera Maria Stuart Secaf

Sócia e Consultora sênior, atua há mais de 20 anos na gestão em organizações de diversos portes e setores. Vera é administradora de empresas com MBA na Fundação Dom Cabral e Kellogg e Master em Governança na Nova Economia pelo GoNew Economy.

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